[Leia ao som de Paulo César Baruk - Flores em Vida]
“A cada dia que vivo, mais me convenço
de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada
arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A
dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”
Carlos Drummond de Andrade
Às vezes me pego pensando em tudo que já vivi nesses quase
25 anos de vida, sei que muitos irão pensar que sou mais uma garota no auge de
minha juventude questionando a vida, mas é ai que se engana, entre alegrias e
transbordar de lágrimas – muitas lágrimas – minha vida se fez, sei que como eu
milhares de pessoas também matam um, e até 10 leões por dia na esperança de um
amanhã melhor. O futuro não é uma questão de sorte, o futuro é a nossa única certeza
– ou não -, vai depender de como isso é relevante para cada um, em particular.
Hoje, olhando para trás percebo que chorei por tão pouco e
deixei de sorrir pelo que me completava. Agora algumas coisas já começam a
clarear meus pensamentos, algo em mim amadureceu,cresci me tornei uma “meia
mulher” disposta a enfrentar meus leões, eu sigo em frente, agora enxergo a
vida por outro ângulo, bem diferente de quando eu tinha 15 anos.
Deveria ter ouvido mais os conselhos dos meus pais, das
pessoas mais velhas, deveria ter tomando mais sorvete em dias frios, abraçado
mais pessoas, brincado mais, caído mais, ter enfrentado aqueles "medinhos" da adolescência
de maneira pratica sem tantas lágrimas, tantos “pits”, e mais smilles, talvez eu
devesse ter sido como algumas pessoas que conheci ao longo da vida. Sabe aquela
pessoa admirável que consegue ver o lado bom em todas as coisas¿ Quase
perfeita, é quase. Mas eu cresci,mudei,é
como eu disse agora enxergo a vida e as pessoas com outros olhos (como as
coisas realmente são), percebi que o lado bom dessas pessoas na verdade eram
uma “inverdade”, dor e desilusão não tem como evitar. Os heróis também erram,
choram,cai e mesmo assim continuam tentando mesmo que chorando, sofrendo. A dor
não se abafa, pelo contrário, abre espaço para que ela encontre o caminho de
volta. Então a cura vem.
Nunca gostei de ficar relembrando, mas sempre acabo voltando
no tempo e refletindo o que eu fui e como posso melhorar.
“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”
Cora Coralina
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