Vejo pessoas vagando por ai, sem cor (sem sonhos), tão
presas em seu próprio mundo (tensas no jeito de andar, de falar...), com olhares
e pensamentos tão distantes, pessoas que não parecem VIVER e sim correrem
contra o tempo ou sei lá o que, numa eterna busca por algo que, talvez nem elas
mesmas saibam o que seja (são desejos insaciáveis, conversas pela metade, é
tempo que passa sem se ver, sem sentir). A questão é até aonde o dinheiro, o
sucesso, o tão desejado poder (inverta as letras R e E da palavra ‘poder’ e
veja no que dá: podRe), é capaz de fazer com as pessoas, com as famílias, alias
por onde anda essas famílias que mal tem tempo de lembrarem que hoje é o aniversario
do filho, que amanha esse filho não completara apenas mais um ano e sim mais um
ano de solidão de falta de dialogo, e por favor não compense seu filho com presentes para compensar
sua ausência, e se essa noticia te conforta saiba que o afeto ainda continua
sendo melhor antidoto contra qualquer mazela de um coração, compensar um filho ‘coisas’
é com toda certeza uma erro irreparável e
um prejuízo futuro incalculável, o tempo te mostrara o porquê, espero que ele
não precise mostrar.
Veja só até aonde o
ser humano é capaz de chegar pelo tão desejado dinheiro, se perdeu em seus princípios
e valores (no que se refere amor próprio, no tempo para se amar e está com sua família
e amigos), não sobra mais tempo de pensar, separar o bom do ruim, a família que
anseia por você, você já tem outras preocupações. Quando se vê já o tempo
passou e você não poderá enxugar aquelas lagrimas, não terá visto aqueles
sorrisos, não saberá do primeiro beijo da sua filha (o), não saberá como foi
seu primeiro dia de aula, enfim, são pequenos detalhes que o futuro irá lhe
cobrar e talvez você consiga reparar um erro aqui outro ali, mas jamais poderá
voltar no tempo e ter em sua memoria o registro dos melhores momentos de sua família,
simplesmente porque você arrumou desculpas para não esta ali, sabemos que trabalhar
é crucial para nosso sustente e até mesmo de nossa família, mas não podemos justificar
tal obrigação para não estar presente com aqueles que só queriam um olhar e um
simples “eu te amo”, talvez seus filhos, seu marido, sua esposa, enfim alguém que
divide com você o mesmo teto, mas que a sensação é de estranhos compondo o
mesmo ambiente. Cadê a essência das famílias, do verdadeiro sentido da vida?
São perguntas sem respostas, vidas sem felicidade, saúde que
o dinheiro não compra, é o passado que o dinheiro não trás de volta, são
momentos sem diálogos que transformam vidas em vitimas do tempo que se perdeu no
pai e na mãe ausente... É falta de amor, é menos ganancia e mais VIVER sem se
preocupar tanto com um futuro incerto, é ter o suficiente para ser feliz com a família,
com tempo livre para usufruir da natureza, das pessoas, do olho no olho, no
abraço apertado, no beijo sem pausas... É disso, só disso que a humanidade
precisa, um pouco mais de cor de
sentimentos intensos e eu te amo incansáveis. É só disso, o resto é consequência.
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